MTP – Uma Questão de Bom Senso

Caros colegas, docentes e investigadores,

Quando há mais de um ano um grupo relativamente pequeno de pessoas se reuniu num dos anfiteatros do Pavilhão Central, movidas individualmente por um sentimento de grande insatisfação face à forma como a escola é gerida e inconformadas com os resultados produzidos pelo modelo de ensino posto a funcionar em 2021/22, estava cada um de nós longe de supor que não estava tão só como parecia naquela altura.

A prova tivemo-la nas eleições para os órgãos da escola. Sobretudo, mas não exclusivamente, no único órgão em que apenas duas listas se apresentaram a votos. O resultado da lista M, constituída maioritariamente por pessoas normalmente arredadas destas andanças, na Assembleia de Escola excedeu a mais otimista das expectativas conseguindo granjear a confiança de quase tantos eleitores quanto a lista do establishment, conquistando 14 dos 30 lugares a votos, que não vai poder preencher por se ter apresentado com apenas 10 pessoas para aquele órgão.

O que nos motivou, e motiva ainda, é o sentimento de que é preciso participar na vida da escola de forma ativa, ao invés de se ficar à beira da estrada a ver a banda passar, e que é preciso combater o deficit de transparência, que lentamente se foi instalando ao longo dos anos.

O que ficou claro nas eleições na nossa escola é que os colegas que têm assumido funções de maior responsabilidade na condução dos seus destinos perderam o contacto com sectores e pessoas em número significativo. As fábricas de consensos alargados que vão tomando decisões à porta fechada, que depois se dignam a partilhar com os restantes em formato pronto a vestir, perderam representatividade, alcance e largura.

Face a esta constatação, não podia o movimento para a Mudança, Transparência e Participação, que iniciou trabalhos numa já longínqua tarde de Junho de 2023, autoexcluir-se das eleições para a Universidade de Lisboa, permitindo que quem perdeu abrangência e representatividade dentro de portas mais estritas transporte essa mesma falta de abrangência e representatividade para dentro das mais latas portas da Universidade de Lisboa.

Assim, por um imperativo de lealdade para com aqueles que em nós confiaram e de lealdade aos valores que nortearam a ação do movimento para a Mudança, Transparência e Participação, não há outra escolha que não seja apresentarmo-nos de novo a votos, agora para os 8 lugares a que o IST tem direito no Senado da Universidade de Lisboa. O peso do IST no Senado é de 25% dos lugares para Docentes e Investigadores, sendo a escola da UL com maior peso relativo no corpo dos Docentes e Investigadores.

Esperamos poder contar de novo com a vossa confiança, apoio e voto em nome de melhor transparência, melhor participação e mais adequada representatividade.

Carlos Bispo (Mandatário da lista M para as eleições para o Senado da UL)

1 thought on “MTP – Uma Questão de Bom Senso”

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top